Os participantes selecionados irão beneficiar da instalação de equipamentos de medição inteligente, desenvolvidos para permitir uma maior interação e disponibilização de dados na rede elétrica.
Depois de uma fase de teste, o projeto será agora implementado, ao nível da rede de média tensão, em 25 instalações em Mafra, incluindo consumidores industriais, parques eólicos e unidades de cogeração. Na rede de média tensão será feita a integração de unidades de medida avançada (RTU- Remote Terminal Unit), a partir dos quais os geradores e consumidores de média tensão podem obter informação sobre os seus perfis energéticos, otimizando os seus processos e contribuindo para a gestão da rede de distribuição, em caso de constrangimentos técnicos.
Na baixa tensão, as soluções HEMS (Home Energy Management Systems) estão a ser instaladas nas casas de 150 clientes das localidades de Alcochete, Caldas da Rainha, Mafra e Valverde. Este sistema permite controlar equipamentos inteligentes, desde painéis solares e baterias, veículos elétricos e eletrodomésticos. Através de uma App, o utilizador pode agendar o funcionamento de equipamentos como, por exemplo, ar condicionado ou máquinas de lavar a roupa, gerindo, deste modo, de forma mais eficiente a sua utilização, beneficiando da melhor tarifa e aproveitando a energia autoproduzida através dos painéis fotovoltaicos, gerando ganhos de eficiência
“O projeto InteGrid suporta-se numa infraestrutura de rede inteligente, desenvolvendo funcionalidades adicionais, com vista a uma melhoria da eficiência da gestão da rede de distribuição, possibilitando também o desenvolvimento de novos modelos de negócio no setor. Entre os principais desenvolvimentos do projeto, destaca-se o Grid and Market Hub, uma plataforma centralizada para troca de informação entre o Operador da Rede de Distribuição, os consumidores, produção e agentes de mercado, de forma a operar a rede de forma eficiente e fiável, bem como o HEMS, o sistema que permite aos consumidores aceder digitalmente a informações sobre o consumo e produção de eletricidade, controlando os seus consumos, custos e impacto ambiental, os inversores inteligentes e os carregadores de veículos elétricos.
A modernização da rede é essencial para a transição energética e para a descarbonização e projetos como o InteGrid são essenciais para continuarmos a traçar este caminho da digitalização da rede elétrica.”
“Num futuro breve e através destas novas ferramentas e fontes de informação, o consumidor terá acesso a novos serviços energéticos, em novos modelos de negócio, em que o próprio poderá participar e maximizar a utilidade dos seus recursos energéticos. A microprodução e a automatização dos ‘equipamentos flexíveis’ como os eletrodomésticos inteligentes, carros elétricos e sistemas de baterias irão ter um impacto crescente no aumento da eficiência energética da rede e na maior participação das energias renováveis em todo o sistema”.