Notícias

Ciclo Conferências PDIRD-E "Adaptação Climática na rede de Distribuição"

A urgência da adaptação e modernização da rede de distribuição para fazer face aos eventos extremos foi o tema central do debate realizado na Reitoria da Universidade NOVA de Lisboa, numa colaboração entre a E-REDES e a Academia.

A Reitoria da Universidade NOVA de Lisboa recebeu a primeira de um ciclo de três conferências para preparação do Plano de Desenvolvimento e Investimento na Rede de Distribuição Elétrica da E-REDES (PDIRD-E 2024). 

A Conferência "Adaptação Climática na Rede de Distribuição" decorre da parceria entre o Instituto Dom Luiz da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (IDL), a NOVA School & Technology da Universidade NOVA de Lisboa (FCT-NOVA) e a E-REDES.

A conferência permitiu discutir a avaliação do risco climático atual e futuro das infraestruturas da rede de distribuição, eventos climáticos extremos, em Portugal Continental, a necessidade de aumentar o investimento para modernizar rede, como ativo na transição energética, e a oportunidade de desenvolvimento de redes elétricas resilientes que permitam mitigar riscos futuros no funcionamento do sistema elétrico ao longo desta transição.

No discurso de abertura, Ferrari Careto, presidente do Conselho de Administração da E-REDES, enfatizou a importância da colaboração entre a academia e o setor empresarial, destacando a necessidade de um plano estratégico abrangente, concebido em conjunto com a academia, para os próximos 10 a 15 anos. 

A conferência também contou com a participação de diversos oradores num painel sobre "extremos climáticos e transição energética". Pedro Matos Soares, investigador Principal do IDL, fez referência à evolução do clima atual e do clima futuro, ao aumento de frequência e severidade dos extremos climáticos que apresentam potencial risco para a rede de distribuição e destacou o tema da pobreza energética como um problema de saúde pública que coloca maior pressão na rede de distribuição devido ao potencial aumento de picos de procura.

Luís Manuel Alves, da E-REDES, enfatizou os desafios da transição energética, como a produção descentralizada, além da necessidade de investimento na modernização da rede para torná-la mais moderna e resiliente, capaz de responder a novas solicitações.

Carlos Del Rio, Diretor de Alterações Climáticas da Direção de Ambiente, Sustentabilidade, Inovação e Alterações Climáticas, partilhou uma realidade semelhante para resiliência das redes de distribuição, acrescentando a neve como perigo climático relevante na sua geografia.

Manuela Seixas Fonseca, Diretora de Serviços de Planeamento Energético e Estatística da Direção Geral de Energia e Geologia, foi perentória ao reforçar que sem as redes de transporte e distribuição não há transição energética para cumprir as metas da descarbonização.

No encerramento, João Brito Martins, membro do Conselho de Administração da E-REDES, reforçou a importância de investir numa rede resiliente capaz de enfrentar os desafios climáticos.

Esta conferência proporcionou um debate sobre a adaptação climática na rede de distribuição, destacando o papel central das redes na transição energética e a relevância do investimento para enfrentar proativamente os desafios das mudanças climáticas.

 

Fotografia de: José Fernandes - Expresso