A E-REDES investiu durante 2023, cerca de 21 milhões de euros em ações de inspeção e de intervenção nas zonas de proteção, abrangendo cerca de 21 mil hectares de faixas de gestão de combustível junto às linhas de eletricidade, com o intuito de garantir a melhoria da qualidade de serviço e a segurança das redes elétricas. Trata-se de um aumento de 27% do investimento face a 2022 e de mais de 40% de área intervencionada, com 21 mil hectares em 2023 face a 15 mil em 2022.
Com uma aposta clara na transição energética, temos vindo desde 2021 a apostar na inspeção das linhas aéreas por recurso a Drones, tendo iniciado o piloto GridDrone, com vista à poupança de recursos e diminuição das emissões de carbono. Em 2023, com o roll-out deste projeto concluído, além de aumentar a eficiência, robustez e segurança do processo de inspeção sistemática à rede de alta e média tensão, concretizámos uma redução de emissões de CO2 de 50%. Estes resultados foram possíveis graças à crescente utilização de Drones nas inspeções realizadas, tendo a E-REDES inspecionado 11,4 mil quilómetros de linha aéreas MT com recurso a Drone, dos cerca de 23 mil quilómetros inspecionados em 2023. O que representa cerca de 60% de linhas inspecionadas via Drone, ultrapassando pela primeira vez num ano, o recurso desta tecnologia em inspeções face ao número de quilómetros inspecionados por helicóptero.
A expectativa, é de que em 2024 a utilização dos Drones seja ainda maior, apontando para uma utilização de 70% de Drones no total das inspeções a realizar, que rondará os 21,7 mil quilómetros inspecionados.
Com uma rede aérea de 179 mil quilómetros de extensão, 28 mil dos quais instalados em espaços florestais, estamos presente em todo o território continental. As infraestruturas que compõem as redes elétricas de serviço público são dotadas de utilidade pública e integram-se nas concessões atribuídas à E-REDES. Nos diferentes níveis de tensão, os regulamentos de segurança determinam que a E-REDES tem o dever de realizar a manutenção e garantir a conservação das linhas elétricas, com base numa inspeção regular e metódica, adequada à monitorização do cumprimento das distâncias de segurança, no âmbito da zona de proteção.
O crescente investimento em gestão da vegetação, seja por Drone ou por helicóptero, são justificados pela revisão dos Planos Municipais, no âmbito da nova lei de Defesa da Floresta contra Incêndios, a par do aumento do custo da globalidade das tarefas relacionadas com a vegetação. Na última década, foram intervencionados 195 mil hectares em gestão da vegetação, o que representa um investimento de 100 milhões de euros.
