O programa "farol" Sharing Cities visava promover uma abordagem comum mais eficaz às cidades inteligentes de forma a torná-las uma realidade. Ao fomentar a colaboração internacional entre a indústria e as cidades, o projeto procurou desenvolver soluções inteligentes para cidades de escala acessível, integrada e comercial com um elevado potencial de mercado.
Coordenado pela Greater London Authority, reuniu 6 cidades e 34 parceiros compostos por representantes do setor, organizações não-governamentais e academias de toda a Europa. Lisboa, Londres e Milão – as três cidades 'farol' – partilharam desafios comuns; trouxeram experiências extensas; e estiveram empenhadas em trabalhar em conjunto no desenvolvimento e implementação de soluções digitais urbanas replicáveis e modelos de colaboração. As cidades 'fellow' de Bordéus, Burgas e Varsóvia, por sua vez, desempenharam um papel muito ativo na condução da adoção e exploração de soluções específicas.
O Sharing Cities promoveu um contexto para o envolvimento e colaboração dos cidadãos a nível local, reforçando assim a confiança entre as cidades e os seus habitantes. O projeto atraiu 24 milhões de euros em fundos comunitários e visou desencadear 500 milhões de euros de investimento e envolver mais de 100 municípios em toda a Europa.
O trabalho desenvolvido no âmbito do projeto Sharing Cities provou que o incremento da tecnologia e a interoperabilidade que esta proporciona entre os diversos stakeholders de uma Cidade é preponderante para o cumprimento das metas europeias redução de emissões de efeito de estufa, assim como demonstrou uma adoção de comportamentos mais amigos do ambiente, maior consciencialização da eficiência energética, maior possibilidade de participação dos Cidadãos, maior inclusão, e transparência para os que habitam nos centros urbanos.
Principais resultados do Sharing Cities
- infraestrutura de rua inteligente (incluindo mais de 2.400 postes inteligentes)
- 3 plataformas de dados (incluindo a construção em funcionalidade para a London Datastore)
- 3 sistemas distritais de gestão de energia, reajustando edifícios com controlos digitais (67.612 m2 em 34 grandes edifícios, incluindo 100 de apartamentos em habitação pública e habitação privada, escolas e edifícios cívicos, incluindo a histórica Câmara Municipal de Lisboa - UNESCO)
- seis tipos de soluções de mobilidade elétrica partilhadas (incluindo 274 311 pontos de carregamento EV, 2.400 1.410 e-bikes e 3430 lugares de estacionamento inteligentes) - tudo em diferentes ambientes regulatórios.
Cidade farol de Lisboa
Liderada pela Câmara Municipal de Lisboa (CML), a E-REDES cobriu todas as atividades do Operador de Rede de Distribuição (ORD) para a implementação das soluções necessárias no piloto de Lisboa, tais como:
- Relatório de Operação e Reutilização da Plataforma de Partilha Urbana
- Portfólio de Serviços Urbanos co-concebidos
- Dashboards, sistemas de apoio à decisão produzidos para operar e cooperar com os sistemas
- Serviços de eficiência energética na DEMO Portuguesa
- Promoção da literacia em eficiência energética nos Clientes, através de técnicas de gamificação nas escolas
- Promoção da mobilidade elétrica: aquisição de Postos de Carregamento de Veículos Elétricos (PCVE)
Conhecida pela sua topografia montanhosa, a implementação de um esquema de partilha de bicicletas elétricas em Lisboa, gerido através da app Sharing Lisboa, transformou a forma como as pessoas pensam a deslocação pela cidade.
A equipa de trabalho do projeto Sharing Cities envolveu 36 entidades, 70 colaboradores E-REDES, sendo cerca de um terço do género feminimo.
Principais resultados em Lisboa:
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A redução de 1.399.265 kwh/ano e 597 tco2/ano de poupança através de edifícios de retromontagem
- O reajuste de eficiência energética da histórica Câmara Municipal de Lisboa conduziu a uma poupança de 36% de energia e a uma redução de 50% no uso de eletricidade da rede
- O esquema de partilha de bicicletas elétricas gerou mais de 3 milhões de viagens por 16.000 utilizadores e 292 tco2 eq.
- A solução levou a uma mudança modal de 38% do autocarro, 16% dos carros, e gerou 20% de novas viagens. 26% dos utilizadores usam o esquema diariamente
- A expansão planeada do esquema de e-bikes para mais de 200 estações e 2000 bicicletas, 80% das quais serão elétricas
- O apoio à redução das emissões através da promoção da eletrificação da mobilidade no centro das cidades (Veículos Elétricos)
- O envolvimento dos cidadãos e divulgação de conhecimento para a eficiência energética (nas escolas, casas e no concelho)
No final, como era expectável, o programa apresentou uma alteração positiva significativa e as medidas implementadas proporcionaram aumentos significativos da eficiência energética, permitindo aumentar o impacto total do programa, de acordo com a menção deste projeto no radar da Europa da inovação (http://www.innoradar.eu/)
Sendo as cidades inteligentes sobre as pessoas que nelas vivem e trabalham, o trabalho desenvolvido no Sharing Cities melhorou definitivamente a vida de milhares de cidadãos.
Brevemente será disponibilizado o relatório final de projeto com informação mais detalhada. Para mais informações consulte sharingcities.eu
