A E-REDES promoveu, no passado dia 22 de abril, em parceria com a Ordem dos Engenheiros, o webinar “Produção Distribuída: os Desafios e Oportunidades para a Rede de Distribuição”. O evento digital, transmitido em direto, foi acompanhado por cerca de 800 pessoas de várias entidades ligadas ao setor energético.
Enquanto Operadora da Rede de Distribuição, a E-REDES tem um papel central neste processo de transição energética como facilitador de mercado, quer junto das entidades que regulam a atividade, como dos promotores dos novos recursos, dos projetistas, executantes e técnicos responsáveis. Neste sentido, tem vindo a apostar, de forma determinada, na construção e operacionalização de redes inteligentes, através da instalação de Equipamentos de Medição Inteligente, da sensorização e digitalização, com vista à integração de um número crescente de novos recursos, continuando a garantir a segurança de abastecimento e o cumprimento de todas as condições técnicas essenciais para que todos os clientes ligados à rede possam operar e beneficiar de excelentes indicadores de qualidade serviço.
O novo papel do consumidor, a integração da produção distribuída, o autoconsumo, as condições de ligação ao sistema de distribuição e a gestão eficiente da rede de distribuição foram os temas abordados durante a conferência por diversos especialistas e académicos.
Em 2020 estavam ligadas à rede de distribuição cerca de 70 mil instalações de produção, o que representa uma evolução significativa ao longo da última década. No final de 2010 existiam apenas cerca de 9 mil ligações.
Ao nível do autoconsumo, o crescimento também tem sido expressivo, com a ligação de cerca de 5 mil instalações por ano entre 2016 e 2018 e o posterior incremento para 8 mil instalações em 2019. Em 2020 esse número duplicou para 16 mil e em 2021 perspetivam-se 25 mil novas ligações.
A E-REDES aborda estes desafios de uma forma construtiva e facilitadora desta transformação, sublinhando a importância em garantir os investimentos corretos e essenciais à introdução de produção distribuída com o máximo de eficiência e eficácia para todo o sistema elétrico nacional.