A informação recolhida, quer pela EDP Distribuição, quer pelas restantes entidades envolvidas na investigação, não permite sustentar a tese de que na origem do incêndio possa ter estado o contacto entre a vegetação e a linha elétrica;
As linhas dispõem de sistemas que monitorizam e registam, em permanência, todos os eventos relativos à exploração e operação das mesmas;
A informação existente sobre esta linha em questão regista no dia 17 de junho, um evento de corte e religação automática (sem que tenha havido passagem da corrente ao solo) alguns minutos após a hora dos primeiros alertas referidos nos relatórios (quer o da Comissão Independente, quer no Relatório elaborado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra). Isto indicia que este evento foi uma consequência e nunca uma causa do incêndio;
Além disso, a linha em questão foi objeto de inspeção visual dois meses antes do incêndio, não tendo sido detetada qualquer situação de risco.
A regulamentação obriga à constituição e proteção de corredores e também de Faixas de Gestão de Combustível que devem ter em conta as especificidades da vegetação.
No cumprimento dessa legislação a EDP Distribuição investe anualmente 5M€ na preservação dos corredores de Proteção e nas Faixas de Gestão de Combustível, mantendo 7500km.
Paralelamente é efetuada a supervisão com recursos a meios aéreos e tecnologia laser numa extensão de 14 000km. Para além disso são feitas inspeções visuais e com recurso a drones.
Relembramos que a EDP Distribuição tem 84 000km de linhas aéreas de Alta Tensão, das quais 26 000km atravessam zonas florestais.