“Desde o início que fomos muito bem acolhidos”
Jad Azar entrou no universo EDP Distribuição pela porta do EDP Trainee Program. Em janeiro de 2018, depois de concluir a 3.ª edição do programa, deu mais um passo, começando a trabalhar na empresa. Neste momento está integrado na Direção de Serviços Comerciais, uma área que exige capacidade de ação e reação apuradas.
Mas a história de Jad Azar começa a quatro mil quilómetros de Lisboa, em Beirute. Foi na capital do Líbano que cresceu, estudou e se licenciou em Economia na American University of Beirut. Mais tarde, na altura de tirar o mestrado em Gestão, com especialização em Marketing e Vendas, o jovem libanês nascido em 1994 decidiu viajar até à Europa: “Decidi fazer o meu mestrado e começar a explorar um pouco o mundo e fui para Madrid, onde estudei no Instituto de Empresa”. Foi uma viagem de quase 3.500 quilómetros até à capital espanhola.
Quem já lá estava era Álvaro Puertas de la Morena. Nasceu, cresceu e estudou em Madrid. Formou-se em Engenharia Elétrica na Universidad Politécnica de Madrid e concluiu o mestrado em Engenharia Industrial na Universidad Pontificia Comillas.
Pelo meio, entre estágios e projetos para o mestrado, contou com passagens pela Iberdrola e pela Rede Elétrica de Espanha: “Depois do mestrado também fui recrutado para entrar no programa de trainees, na 3.ª edição”, conta o jovem espanhol, que também tem formação em piano no Conservatório Federico Moreno Torroba. Atualmente, Álvaro trabalha na Direção de Tecnologia e Inovação da EDP Distribuição:
O que faço é identificar novas tecnologias, novas ideias, novas metodologias que possam ser integradas em projetos-piloto e que possam passar a uma solução de rollout se houver interesse a nível de negócio
Foi na Internet que Álvaro teve conhecimento de que a EDP estava à procura de candidatos para integrarem a 3.ª edição do Trainee Program e decidiu candidatar-se. Para Jad, o programa chegou através das feiras de emprego organizadas pelas universidades, nas quais várias empresas marcam presença: “A EDP era uma das empresas e decidi enviar o meu currículo”.
Faltavam percorrer os cerca de 500 quilómetros que separam Madrid de Lisboa. Ainda sem se conhecerem, Jad e Álvaro saiam da mesma cidade rumo ao mesmo destino e com o mesmo objetivo na bagagem: fazer parte da família EDP e contactar com pessoas de diferentes origens.
“Desde o início que fomos muito bem acolhidos”
Álvaro Morena
“Tive oportunidade de conhecer várias pessoas de diferentes áreas que estavam sempre disponíveis para me ajudar, motivar”
Jad Azar
Uma empresa pronta a acolher a diversidade
A aventura no Trainee Program começou em outubro de 2016, altura em que teve início a fase de onboarding, que terminou em dezembro desse ano. “Desde o início que fomos muito bem acolhidos”, destaca Álvaro. Dos 40 trainees que integraram o programa, cerca de 25 eram portugueses e os restantes eram estrangeiros: “Havia muita gente de Lisboa e que nos convidava para jogar futebol e foi muito boa ideia ter uma alta percentagem de pessoas de Portugal”, refere o jovem de Madrid.
Jad considera que não existem dúvidas de que a EDP Distribuição é uma empresa que sabe receber quem vem de fora e que aposta na diversidade:
A empresa está a adaptar-se a um mundo que está sempre a mudar, que é cada vez mais digital, mais internacional e mais global. Acho que a EDP Distribuição está a tentar fazer isso com as pessoas que são recrutadas
As nacionalidades portuguesa, espanhola e libanesa não eram as únicas no grupo de trainees: “Havia um nigeriano. Também havia iranianos, alemães, brasileiros e indianos”, lembram os dois. Jad considera que o facto de haver pessoas de origens tão distintas e com backgrounds diferentes permitiu “multiplicar conhecimentos e multiplicar bons momentos” entre todos.
Falar português: o desafio superado com distinção
Quando chegaram a Portugal, Jad e Álvaro não se conheciam e mal falavam português. Hoje são amigos e a boa relação é visível pela forma como interagem e vão brincando um com o outro durante a conversa sobre a vida na EDP Distribuição. E fazem-no em português, uma língua que tiveram de aprender.
Para Álvaro, a adaptação à língua foi mais fácil do que para Jad:
“Mas percebi, de muitos amigos portugueses, que nós espanhóis, mesmo que pareça que a língua é muito parecida, não estamos habituados a falar outras línguas”
Assim, durante os primeiros tempos, tentou perceber melhor a língua e hoje, mesmo com um pequeno sotaque espanhol, fala fluentemente português.
Jad revela que a língua foi a principal dificuldade durante o primeiro ano no novo país, mas encarou a aprendizagem como um desafio. Durante seis meses, teve aulas de português três vezes por semana. Além disso, o apoio das pessoas da EDP e a capacidade de integrar quem vem de outro país voltaram a fazer a diferença.
“Tive oportunidade de conhecer várias pessoas de diferentes áreas que estavam sempre disponíveis para me ajudar, motivar e dar o suporte necessário quando era preciso”
O grupo do futebol e a Queima em Coimbra
Álvaro é “muito fã de futebol” e adepto do Real Madrid. Logo no primeiro Natal que passou em Portugal, o grupo de trainees decidiu organizar uma sessão do já conhecido ‘amigo secreto’.
Nessa altura tive a sorte de ser o ‘amigo’ de alguém que era do Benfica e então o meu presente de Natal desse ano foi um cachecol do Benfica
Mais tarde, foi convidado para ir ver os jogos, acabou por ser integrado num grupo que ia regularmente ver o Benfica e comprou até um lugar anual para poder ver todas as partidas no Estádio da Luz.
Os momentos que Jad destaca são aqueles em que esteve em Seia, a dar apoio no contact center, e em Coimbra, quando esteve integrado na Direção de Operações da Inovgrid. Apesar de o tempo passado na cidade dos estudantes ter sido intermitente (estava uma semana em Lisboa e outra em Coimbra), o jovem libanês revela, com um sorriso no rosto, que ainda teve tempo para ir à Queima das Fitas.
A satisfação por ser parte da EDP Distribuição
A forma descontraída, divertida e sorridente com que Jad e Álvaro encaram a conversa ajuda a perceber que gostam de viver em Portugal e de trabalhar na EDP Distribuição. Fazem sempre questão de destacar que o ambiente de trabalho e a forma como foram recebidos e são tratados ajudam a esse sentimento.
Mas saudades de casa e do país natal existem sempre. O espanhol, que tem mais facilidade de se deslocar à sua cidade, diz que “os amigos e a família” são aquilo de que sente mais falta: “Isso é o que mais valorizo”. Jad fala de saudades da comida típica, embora esteja contente por haver cada vez mais restaurantes libaneses perto do local de trabalho. Apesar das saudades da família e das tradições, o tempo na EDP Distribuição tem permitido uma evolução constante.
Quando se está no estrangeiro tem de se ter uma nova cultura. É verdade que Portugal é parecido com Espanha, mas tem as suas diferenças. E para o Jad deve ser ainda mais diferente. Mas tens de ter em conta este tipo de códigos de conduta que existem em cada país e isso faz-te abrir a mente
Jad, bem-disposto e em brincadeira com o amigo espanhol que também se ri, afirma que a grande evolução está no alargamento do leque de línguas que já sabe falar:
Já estou a falar cinco: português, árabe, francês - porque o Líbano era uma colónia francesa e então em quase todas as escolas se estudava francês, inglês. E quando fui para Madrid ninguém queria falar inglês, ninguém quer falar outra língua, e tive de aprender espanhol
A aprendizagem da língua é, de resto, o grande conselho que Jad dá a quem queira trabalhar em Portugal: “A comunicação é um ativo para qualquer pessoa. É o que permite passar a tua mensagem”.
O conselho inicial de Álvaro também passa por aprender a língua, mas acaba por destacar a capacidade dos portugueses para bem receber: “Se tivesse de dar um conselho seria para que aproveitassem o facto de as pessoas serem muito acolhedoras”.