Cidades inteligentes
Uma nova forma de conceber a distribuição de energia
Precisamos de cidades novas, capazes de utilizar energias mais limpas e de as gerir de uma forma mais inteligente.
No futuro vamos viver em cidades onde tudo acontece de forma mais harmoniosa. Onde o ambiente é mais limpo e a energia utilizada é mais verde porque aproveita a que é gerada pelo mar, pelos rios, pelo sol e pelo vento. Onde os consumidores são mais autónomos, por disporem da possibilidade de produzir energia e de gerir os seus consumos em tempo real, minimizando os custos. Onde os veículos não poluem, são mais silenciosos, são abastecidos a partir de energia renovável e vão permitir armazenar a energia produzida em excesso.
O futuro do planeta depende da nossa capacidade de mudança para padrões de vida mais sustentáveis e que consumam menos recursos. Precisamos de cidades com novas dinâmicas, capazes de utilizar energias mais limpas e de as gerir de uma forma mais inteligente. Os Municípios, enquanto centros de decisão e gestão deste ecossistema, são uma componente fundamental para a concretização das cidades inteligentes.
As redes elétricas inteligentes são fundamentais para as cidades do futuro e caraterizam-se por serem mais digitais e mais flexíveis na interação com as novas dinâmicas económicas e sociais e, mais importante, por criarem as condições para a participação mais ativa dos cidadãos e dos consumidores na transformação energética.
Vantagens das cidades inteligentes
Em casa
O consumidor sabe exatamente quando, como e onde gasta energia ao longo do dia e pode:
- programar os eletrodomésticos para funcionarem nos períodos mais convenientes;
- gerir consumos em tempo real, minimizando custos;
- usufruir de novos serviços e planos de preços ajustados aos seus perfis de consumo;
- recorrer a soluções integradas de domótica para interagir com dispositivos de consumo doméstico;
- ativar remotamente serviços como alterações tarifárias e de potência;
- produzir energia em casa, para utilização própria ou para venda à rede, através da instalação de painéis solares fotovoltaicos ou pequenas turbinas eólicas em casa;
- fazer uma gestão energética mais eficiente, através da consulta online do balanço entre o que consome e o que produz.
Na empresa
As redes inteligentes potenciam:
- projetos industriais e centros de competências criadores de emprego e de exportação;
- projetos de investigação científica em colaboração com o meio académico;
- ferramentas inovadoras que permitem às empresas um controlo extremamente detalhado e fiável dos seus consumos de energia;
- o ajuste do consumo energético à atividade empresarial, que pode resultar em níveis de eficiência superiores e na redução de consumos;
- a oferta de mais e melhores produtos e serviços por parte das empresas de serviços energéticos.
Nos espaços públicos
O que muda nos espaços públicos?
- substituição de luminárias tradicionais por tecnologia LED – redução de 40% a 50% no consumo de eletricidade;
- regulação da iluminação em função das condições naturais de luminosidade: com o entardecer, a iluminação ativa-se e aumenta progressivamente de intensidade, evitandos consumos desnecessários;
- diminuição da intensidade luminosa entre as 2:00 e as 5:00, mantendo as condições mínimas de segurança;
- adoção de sistemas de controlo dinâmicos, que fazem a gestão do fluxo luminoso em função da presença rodoviária ou humana, do estado da luminosidade ambiente e das condições ambientais;
- a tecnologia LED é também utilizada nos semáforos de gestão de tráfego, permitindo uma poupança de energia de cerca de 80% face às lâmpadas incandescentes.